Existe depressão na infância?
Postado por Benestar Odonto em 04/set/2023 - Sem Comentários
A depressão em crianças, embora menos comum do que em adultos, é uma realidade muitas vezes subestimada. Identificar os sintomas desse transtorno na infância é desafiador, já que as crianças estão em constante desenvolvimento e seus comportamentos podem ser interpretados como parte desse processo. Além disso, as crianças têm dificuldade em expressar seus sentimentos de maneira clara, tornando os pais responsáveis por estar atentos a possíveis sinais.
As estatísticas mostram que a depressão infantil no Brasil afeta de 0,2% a 7,5% das crianças com menos de 14 anos, sendo menos comum na pré-escola em comparação com a adolescência. É importante notar que os sinais dessa doença nas crianças são distintos em relação aos adultos, uma vez que elas podem não conseguir identificar e comunicar suas emoções. Isso pode levar as crianças a expressarem seu sofrimento por meio de queixas de dores em várias partes do corpo. Portanto, é crucial estar atento a esses indicadores para prevenir o desenvolvimento da depressão infantil no futuro.
Como identificar se meu filho está sofrendo de depressão?
A depressão em crianças tem semelhanças com a depressão em adultos. A criança tende a ficar mais quieta, menos interessada em atividades e mais emocionalmente instável, o que pode tornar seu comportamento confuso para os pais. No entanto, os pais às vezes podem interpretar essas mudanças como uma “fase” natural do crescimento da criança.
Uma vez que as crianças ainda não têm um pleno entendimento de sentimentos como tristeza e ansiedade, e muitas vezes carecem de habilidades de comunicação adequadas, é mais provável que expressem seu desconforto através de queixas sobre dores físicas em vez de problemas emocionais. Elas podem chorar, gritar e se comportar mal, o que pode ser erroneamente interpretado como “birra”.
Embora uma birra exagerada possa ser um sinal de depressão infantil, é importante notar que outros sintomas precisam estar presentes para fazer um diagnóstico. Uma criança pode ser naturalmente um pouco mimada sem que isso indique uma doença psicológica. É vital reconhecer que o modo como os sintomas se manifestam varia amplamente de uma criança para outra, dependendo de sua personalidade e maturidade individual. Portanto, os pais devem estar atentos e sensíveis às diferentes maneiras pelas quais seus filhos podem expressar seu sofrimento emocional.
Sinais de alerta da depressão infantil
- Distúrbios de sono
Uma criança que está enfrentando depressão geralmente enfrenta problemas relacionados ao sono. Ela pode ter dificuldade em adormecer, ficar irritada durante a noite ou acordar várias vezes. Esse padrão de sono interrompido afeta seu descanso, tornando difícil para ela recarregar suas energias de maneira adequada. Além disso a privação do sono pode desencadear problemas na saúde bucal, tais como:
- Bruxismo: Crianças que sofrem de distúrbios do sono, muitas vezes, têm um maior risco de bruxismo, que é o ranger ou apertar dos dentes durante o sono. O bruxismo constante pode causar desgaste nos dentes, rachaduras e até mesmo danos ao esmalte dentário.
- Má oclusão: A privação do sono e problemas respiratórios podem afetar o desenvolvimento da mandíbula e a posição dos dentes. Isso pode levar a problemas de má oclusão, como mordida cruzada, mordida profunda ou mordida aberta, que podem exigir tratamento ortodôntico posterior.
- Problemas na gengiva: A falta de sono adequado pode comprometer o sistema imunológico, tornando as crianças mais suscetíveis a infecções gengivais, como gengivite, além da falta de ânimo para realizar a escovação diária após as refeições e antes de dormir.
É fundamental que os pais estejam atentos aos sintomas em seus filhos e, se necessário, consultem um médico ou dentista para avaliação e tratamento adequado.
- Alteração nos padrões alimentares
Esse sintoma pode se manifestar de duas maneiras distintas: a criança pode passar a comer em excesso ou, por outro lado, pode mostrar falta de apetite. Se você perceber que seu filho frequentemente deixa de comer lanches ou se recusa a terminar as refeições, é importante ficar atento a possíveis motivos por trás desse comportamento.
- Dificuldade de separação dos pais
Quando as crianças começam a frequentar a escola ou pré-escola é comum que haja algum nível de ansiedade e desconforto nas primeiras semanas. É natural que crianças pequenas sintam-se relutantes em se separar dos pais. No entanto, se essa ansiedade de separação se tornar uma ocorrência diária e persistente, pode ser um sinal de que a criança está emocionalmente fragilizada.
- Queixas frequentes
Uma criança que está enfrentando problemas emocionais pode frequentemente reclamar de dores em várias partes do corpo ou de pequenos ferimentos, mesmo após receber tratamento. Além disso, ela pode se queixar de situações como aulas, colegas de classe ou atividades, demonstrando resistência em enfrentá-las e podendo reagir com choro ou irritação quando é forçada a fazê-las.
- Irritabilidade
Crianças com depressão tendem a ficar facilmente irritadas, podendo responder de maneira desafiadora aos pais e até mesmo expressar sua frustração com gritos. Elas podem também se incomodar com detalhes aparentemente insignificantes, como a organização de seus brinquedos ou tarefas diárias como se vestir e escovar os dentes.
- Fadiga
A maioria das crianças é naturalmente curiosa e ativa, envolvendo-se em atividades como brincar, explorar e aprender. Portanto, quando uma criança demonstra falta de interesse em brincar ou frequentemente se queixa de cansaço, isso deve ser motivo de preocupação para os pais. É importante entender que é normal ter crianças mais tranquilas por natureza, mas a perda de interesse por atividades cotidianas não é comum.
- Baixo desempenho escolar
A depressão infantil pode afetar negativamente o desempenho acadêmico da criança. Isso pode ser evidenciado por quedas nas notas, reclamações de professores sobre comportamento ou falta de participação e pela falta de motivação da criança para se preparar para a escola. É fundamental reconhecer que a falta de concentração em sala de aula pode ser um sintoma de depressão, não apenas preguiça ou busca de atenção.
Não devemos considerar os sintomas da depressão infantil como algo definitivo, uma vez que as capacidades cognitivas variam conforme a faixa etária, resultando em diferentes manifestações de comportamento.
Mas a atenção e a sensibilidade dos pais são fundamentais para que algo complexo não seja subestimado e para que algo simples não seja superestimado.
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